1. Benefícios Pedagógicos Comprovados

Pesquisas recentes identificaram que o RPG estimula leitura, escrita e raciocínio lógico ao exigir interpretação de regras e construção de narrativas. No estudo “ROLE PLAYING GAME NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA”, destaca-se o ganho em cooperação e criatividade, com alunos relatando maior confiança para se expressar em público. Outro levantamento da Renote aponta que o RPG favorece o desenvolvimento de habilidades socioemocionais como empatia, resiliência e trabalho em equipe.

Estudo publicado na Revista Boca Journal de 2025 analisa o RPG como metodologia ativa e conclui que, quando bem planejado, gera impacto positivo no engajamento e na autonomia dos estudantes.

2. Universos e Sistemas: Adaptação ao Contexto Escolar

Ordem Paranormal

Sistema focado em investigação de mistérios. Em “Casa Abandonada”, alunos registram evidências em fichas, fortalecendo noções de método científico e documentação de dados.

Dungeons & Dragons

Clássico mundial, adapta-se para aulas de história e geografia ao incluir aventuras em masmorras inspiradas em períodos históricos. Testes de combate envolvem cálculo de probabilidades, aproximando o conteúdo de estatística.

Tormenta 20

Ambientado no universo de fantasia nacional, permite explorar mitologias brasileiras e trabalho em grupo ao resolver conflitos narrativos sobre moralidade e escolhas complexas.

Hora de Aventura

Sistema leve voltado para narrativa e improvisação. Em “Resgate na Floresta”, alunos criaram diálogos, praticando expressão oral e escrita e exercitando empatia ao interpretar personagens.

Pinhas & Dragões

Sistema local desenvolvido em Pinhais – PR. Minhas contribuições incluem missões como “Colheita Encantada” para discutir sustentabilidade e NPCs inspirados no folclore regional. A pesquisa “As potencialidades do RPG na educação” destaca a importância de contextualizar narrativas ao universo dos alunos.

3. Planejamento e Metodologia

Antes de cada oficina, defino objetivos de aprendizado claros: reforço de conceitos de matéria específica, desenvolvimento de soft skills ou estímulo à pesquisa. A sessão padrão de 60 a 90 minutos segue três etapas:

1. Introdução: apresentação do cenário e regras básicas.

2. Desenvolvimento: condução de cenas alinhadas aos objetivos, como resolver um enigma científico ou negociar recursos.

3. Reflexão: roda de conversa para compartilhar aprendizados e relacionar com situações reais.

O registro em diário de bordo, seja em texto ou desenho, fortalece habilidades de escrita e organização, conforme indicado em estudos de metodologias ativas.

4. Superando Desafios

Não é preciso miniaturas caras. Mapas desenhados à mão, fichas impressas e aplicativos de dados virtuais gratuitos bastam. Muitos professores não conhecem RPG. Ofereço oficinas de capacitação, mostrando como adaptar missões simples e alinhar objetivos de aprendizado ao plano de aula.

5. Indicadores de Sucesso e Avaliação

Para monitorar resultados use indicadores quantitativos e qualitativos

• Participação ativa em sessões

• Produção de artefatos (textos, mapas, relatórios)

• Evolução em avaliações formais de disciplinas abordadas

• Feedback dos alunos em questionários rápidos

Registre fotos, depoimentos em vídeo e relatórios simples para criar portfólio de evidências. Esses documentos são essenciais para alimentar relatórios de prestação de contas em editais como Pontos de Cultura ou leis de incentivo.

Para saber mais, consulte:

• ROLE PLAYING GAME NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

• As contribuições do jogo de RPG no ensino médio

• O uso do RPG como metodologia ativa no ensino

• Potencialidades do RPG na educação

• O ABC do RPG – Nova Escola

Abraços culturais.

Citações:
https://periodicos.furg.br/momento/article/view/14135
https://seer.ufrgs.br/index.php/renote/article/view/121188
https://novaescola.org.br/conteudo/2364/o-abc-do-rpg
https://agendapos.fclar.unesp.br/agenda-pos/educacao_escolar/1457.pdf
https://www.mundovestibular.com.br/blog/rpg-como-o-jogo-de-interpretacao-pode-auxiliar-nos-estudos
https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/7358